O MEMORANDO DE DEUS




O MEMORANDO DE DEUS


A: TI
DE: DEUS

Vejo que choras.
Teu choro atravessa a escuridão, infiltra-se pelas nuvens, mistura-se com a luz das estrelas e chega a meu coração na trilha de um raio de sol.
Angustiei-me pelo grito de uma lebre estrangulada no laço de uma armadilha, um pardal caído do ninho materno, uma criança que se debatia indefesa em um lago, um filho que derramava seu sangue na cruz.
Sabe que também te escuto. Fica em paz. Acalma-te.
Eu te trago o alívio para teu pesar, pois sei qual é a causa... e a cura.
Choras por todos os teus sonhos de infância, que desapareceram com os anos.
Choras por todo o teu amor-próprio, que foi corroído pelo fracasso.
Choras por todo o teu potencial, que foi barganhado por segurança.
Choras por toda a tua individualidade, que foi pisoteada pelas multidões.
Choras por todo o teu talento, que foi desperdiçado pelo uso errado.
Encaras a ti mesmo com vergonha e te voltas, apavorado, da imagem que vê refletida na superfície da água. Quem é esse deboche de humanidade que te fita, com os olhos descorados da vergonha?
Onde está a graça de teus modos, a beleza de tua figura, a rapidez de teus movimentos, a clareza de tua mente, a eloquência de tua língua? Quem roubou os teus bens? A identidade do ladrão é tua conhecida, como é de mim?
Certa feita colocaste tua cabeça em um travesseiro de grama, no campo de teu pai, e fitaste uma catedral de nuvens, e soubeste que todo o ouro da Babilônia seria teu, com o tempo.
Certa feita leste em muitos livros e escreveste em muitas tábuas, convencido além de qualquer dúvida de que toda a sabedoria de Salomão seria igualada e ultrapassada por ti.
E as estações transformavam-se em anos, até que tu reinasses supremo, em teu próprio jardim do paraíso.
Lembras-te de quem implantou esses planos e sonhos e sementes de esperança em ti?
Não podes lembrar.
Não tens recordação daquele momento, quando surgiste pela primeira vez no ventre de tua mãe e coloquei minha mão em teu cenho macio. E do segredo que cochichei em tua pequena orelha, quando leguei minhas bênçãos a ti?
Lembras-te de nosso segredo?
Não podes lembrar.
Os anos passados destruíram tua recordação, pois te encheram o espírito de medo, dúvida, ansiedade, remorso, ódio, e não há espaço para recordações alegres, onde essas feras habitam.
Não chores mais. Estou contigo... este momento é a linha divisória de tua vida. Tudo que se passou antes não se parece mais do que com este tempo em que dormiste dentro do ventre de tua mãe. O que é passado morreu. Que os mortos sepultem os mortos.
No dia de hoje, regressas dos mortos-vivos.
No dia de hoje, como Elias com o filho da viúva, eu me estendo sobre ti três vezes e voltas a viver.
No dia de hoje, como Elisha com o filho do Shunamita, ponho minha boca sobre a tua, meus olhos sobre os teus, minhas mãos sobre as tuas, e tua carne volta a aquecer-se.
No dia de hoje, como Jesus no túmulo de Lázaro, ordenou que saias, e tu sairás andando de tua caverna do destino, a fim de começar vida nova.
Este é o dia de teu nascimento. Esta é tua nova data de nascimento. Tua primeira vida, como uma peça de teatro, foi apenas ensaio. Desta vez a cortina subiu. Desta vez o mundo observa, espera para aplaudir. Desta vez não fracassarás.
Acende tuas velas. Divide o teu bolo. Serve o vinho. Tu renasceste.
Como uma borboleta saída da crisálida, voarás... Tão alto quanto quiseres, e nem as vespas, nem as libélulas, nem os louva-a-deus da humanidade obstruirão tua missão ou tua procura das verdadeiras riquezas da vida.
Sente minha mão em tua cabeça.
Escuta a minha sabedoria.
Deixa-me partilhar contigo, mais uma vez, o segredo que ouviste ao nascer, e esqueceste.
És o meu maior milagre.
És o maior milagre do mundo.
Foram essas as primeiras palavras que ouviste. Depois, choraste. Todos choram.
Não acreditaste em mim, nessa ocasião... e nada aconteceu, nos anos decorridos, para corrigir tua descrença. Pois como podias ser um milagre, quando te considera um fracasso nas tarefas mais comuns? Como podes ser um milagre, quando tens pouca confiança ao lidar com as mais banais responsabilidades? Como podes ser um milagre, quando te achas acorrentado pela  dívida e ficas acordado atormentado, para saber de onde virá o pão de amanhã?
Basta. O leite derramado azedou. Mesmo assim, quantos profetas, quantos homens sábios, quantos poetas, quantos artistas, quantos compositores, quantos cientistas, quantos filósofos e mensageiros enviei, com a mensagem de tua divindade, teu potencial para a divindade, e os segredos da realização? Como foi que os trataste?

Ainda assim eu te amo e estou contigo agora, por meio destas palavras, a fim de cumprir o profeta que anunciou que o senhor voltará a pôr a mão, pela segunda vez, a fim de recuperar o resto de sua gente.
Eu recoloquei minha mão.
Esta é a segunda vez.
Tu és o que me resta.
De nada adianta perguntar; não soubeste, não ouviste, não te foi contado desde o início, não o compreendeste, desde os fundamentos da terra.
Tu não soubeste; não ouviste; não compreendeste.
A ti foi dito que és uma divindade em disfarce, um deus se fazendo de tolo.
A ti foi dito que és uma obra especial, nobre na razão, infinita em faculdades, precisa e admirável em forma e movimentado-se como um anjo, como um deus na apreensão.
A ti foi dito que és o sal da terra.
Recebeste o segredo até mesmo de mover as montanhas, executar o impossível.
Não acreditaste em ninguém. Queimaste o teu mapa da felicidade, abandonaste teu direito à paz de  espírito,  apagaste as velas que haviam sido colocadas ao longo de tua trilha destinada de glória; depois cambaleaste, te perdeste e te assustaste na escuridão da futilidade e autocomiseração, até tambores em um inferno de tua própria criação.
Depois choraste, bateste no peito e amaldiçoaste a sorte que te havia sido dada. Tu te recusaste a aceitar as consequências de teus próprios pensamentos mesquinhos, feitos indolentes, e procuraste um bode expiatório, para a ele incriminar por teu fracasso. Com que rapidez o descobriste...
Tu me incriminaste, a mim!
Gritaste que tuas deficiências, tua mediocridade, tua falta de oportunidade, teus fracassos... eram a vontade de Deus!
Estavas errado!
Examinemos. Vamos, antes, relacionar as tuas deficiências, pois como posso pedir-te que construas uma vida nova, se não tiveres as ferramentas?
És cego? O sol se ergue e se põe sem que o vejas?
Não. Podes ver... e os cem milhões de receptores que coloquei em teus olhos capacitam-te a desfrutar a mágica de uma folha, um floco de neve, um lago, uma águia, uma criança, uma nuvem, uma estrela, uma rosa, um arco-íris... e a expressão de amor. Conta uma bênção.
És surdo? Pode uma criança rir ou chorar, sem que a escutes?
Não. Tu ouves... e as vinte e quatro mil fibras que coloquei em cada um de teus ouvidos vibram com o vento nas árvores, as ondas que se desmancham nas rocha, a majestade de uma ópera, a súplica de um pássaro, crianças brincando... e as palavras “ eu te amo”. Conta outra bênção.
És mudo? Teus lábios se movem e só emitem saliva?
Não. Podes falar... como nenhuma outra de minhas criaturas, e tuas palavras podem acalmar os raivosos, animar os desanimados, encaminhar o desalentado, alegrar os infelizes, aquecer os solitários, louvar os dignos, encorajar os derrotados, ensinar os ignorantes... e dizer “ eu te amo”. Conta outra bênção.
És paralítico? Tua forma inerme esbulha a terra?
Não. Tu podes mover-te. Não és uma árvore condenada a um local enquanto o vento e o mundo abusam de ti.
Podes espreguiçar-te, comer, dançar e trabalhar, pois dentro de ti coloquei quinhentos músculos, duzentos ossos e sete milhas de fibras nervosas, todos sincronizados por mim, a fim de fazerem o que queiras. Conta outra bênção.
Teu sangue está envenenado? Acha-se diluído em água e pus?
Não.Dentro de cinco litros de sangue encontram-se vinte e dois trilhões de células sanguíneas, e dentro de cada célula encontram-se milhões de moléculas, e dentro de cada molécula há um átomo oscilando mais de dez milhões de vezes por segundo. A cada segundo, dois milhões de tuas células sanguíneas morrem, sendo substituídas por outros dois milhões, em uma ressurreição que prossegue desde o teu primeiro nascimento. Como sempre foi por dentro, agora é em tua parte externa. Conta outra bênção.
És deficiente mental? Já não podes pensar por ti próprio?
Não. Teu cérebro é a estrutura mais complexa do universo. Eu sei. Dentro de seu um quilo, existem treze bilhões de células nervosas, número três vezes maior do que o de pessoas em tua terra. Para ajudar-te a guardar cada percepção, cada som, cada sabor, cada cheiro, cada ato que vivenciaste desde o dia de teu nascimento, eu implantei, dentro de tuas  células, mais de mil bilhões de moléculas  de proteína.
Cada incidente em tua vida está ali, esperando apenas tua chamada. E para auxiliar teu cérebro no controle de teu tato, e mais de duzentos mil detectores de temperatura. Nenhum ouro de nação alguma se acha melhor protegido do que tu.
Nenhuma de tuas antigas maravilhas é maior do que tu mesmo.
És minha melhor criação.
Dentro de ti existe energia atômica suficiente para destruir qualquer das grandes cidades do mundo... e reconstruí-la.
És pobre? Não existe ouro ou prata em tua bolsa?
Não. Tu és rico! Juntos, acabamos de contar a tua riqueza. Examina a lista. Volta a contá-la. Calcula os teus bens!
Por que te traíste, a ti próprio? Por que afirmaste, aos gritos, que todas as bênçãos da humanidade te haviam sido tiradas? Por que te enganaste, a ti próprio, afirmando que estavas impotente  para modificar tua vida? Estás destituído de talento, sentidos, capacidades, prazeres, instintos, sensações e orgulho? Estas destituído de esperança? Por que te encolhes nas sombras, um gigante derrotado, esperando apenas um transporte para o vazio bem-vindo e a unidade do inferno?
Tu tens tanto! Tuas bênçãos transbordam em tua taça... e tu não atenção a elas, como uma criança mimada e no luxo, pois eu as conferi a ti com generosidade e regularidade.
Responde-me.
Responde a ti mesmo.
Que homem rico, velho e doentio, fraco e indefeso, não trocaria todo o ouro em seu cofre pelas bênçãos a que deste tão pouca importância.
Toma conhecimento, então, do primeiro segredo da felicidade e êxito; o de que possuis, agora mesmo, todas as bênçãos necessárias para alcançares grande glória. Elas são o teu tesouro,tuas ferramentas com que construir, a começar hoje, o alicerce para uma vida nova e melhor.
Assim sendo, eu te digo, conta tuas bênçãos e sabedoria já és a minha maior criação. Esta é a primeira lei a que deves obedecer, a fim de executares o maior milagre do mundo, o regresso de tua humanidade, vinda da morte viva.
E sê reconhecido por tuas lições aprendidas na pobreza. Pois não é pobre aquele que tem pouco, mas aquele que deseja muito... e a verdadeira segurança não está nas coisas que se possuem, mas nas coisas sem as quais não se pode viver.
Onde estão as deficiências que produziram teu fracasso? Existiam apenas em tua mente.
Conta as tuas bênçãos.
E a segunda lei é como a primeira, proclama tua raridade.
Tu te condenaste a um refugo de olaria, e lá estavas, incapaz de perdoar o teu próprio fracasso, a te destruir com ódio a ti mesmo, auto-recriminações e revolta por teus crimes contra a ti mesmo e os outros.
Não estás perplexo?
Não te espantas com o motivo pelo qual posso perdoar teus fracassos, tuas transgressões, teus modos deploráveis... quando tu não podes perdoar a ti próprio?
Eu te falo  agora, por três motivos. Precisa de mim. Não és um em uma manada que marcha para a destruição em massa parda de mediocridade. E... tu és uma grande raridade.
Examina uma pintura de Rembrandt, um bronze de Degas, um violino de Stradivarius, ou uma obra de Shakespeare. Eles têm grande valor, por dois motivos: seus criadores foram mestres, e são poucos em número. No entanto, existem mais do que um de cada qual deles.
Por esse raciocínio, tu és o tesouro mais valioso na face da terra, pois tu sabes quem te criou, e existe apenas um de ti.
Nunca, em todos os setenta bilhões de seres humanos que caminharam neste planeta, desde o inicio dos tempos, houve alguém exatamente igual a ti.
Nunca, até o fim dos tempos, haverá outro tal como és.
Tu não demonstraste conhecimento ou apreciação por tua singularidade.
No entanto, tu és a coisa mais rara do mundo.
De teu pai, em seu momento de amor supremo, fluíram inúmeras sementes de amor, mais de quatrocentos milhões em número. Todas elas, ao nadarem dentro de tua mãe, perderam o ânimo e morreram. Todas, menos uma! E essa eras tu.
Tu, sozinho, perseverante dentro do calor amoroso do corpo de tua mãe, procurando tua outra metade, uma célula isolada de tua mãe, tão pequena que mais de dois milhões seriam necessárias para preencher a casa de uma ervilha. Mesmo assim, a despeito de imensas impropabilidades, naquele oceano vasto de escuridão e desastre, tu perseveraste, descobriste essa célula infinitesimal, juntaste-te a ela e começaste uma vida nova. A tua vida.
Tu chegaste, trazendo contigo, como faz toda criança, a mensagem de que eu ainda estava desanimado do homem. Duas células, unidas agora em milagre, Duas células, cada cromossomo, centenas de genes que governariam cada característica a teu respeito, desde a cor dos teus olhos ao encanto dos teus modos e à dimensão de teu cérebro.
Com todas as combinações à minha ordem, iniciando com aquele espermatozoide isolado de seu pai, um de quatrocentos milhões, passando pelas centenas de genes  em cada um dos cromossomos de tua mãe e pai, eu poderia ter criado trezentos mil bilhões de seres humanos, cada qual diferente do outro.
Mas, a quem eu criei?
A ti! Um, único. O mais raros dos raros. Um tesouro sem preço, dotado de qualidades mentais, de fala e movimento, aparência e atos, como nenhum outro já existiu, existe ou existirá.
Por que te avaliaste em tostões, quando vales todo o tesouro de um rei?
Por que ouviste aqueles que te diminuíam... e, muito pior, por que acreditaste neles?
Escuta. Não escondas mais tua raridade na escuridão. Traze-a à luz. Mostra ao mundo. Esforça-te para não caminhar como teu irmão caminha, nem falar como líder fala,nem trabalhar o medíocre. Jamais faças como outro. Nunca imites. Pois não sabes se irás imitar o mal, e aquele que imita o mal sempre vai além do exemplo estabelicido, enquanto aquele que imita o que é bom sempre fica aquém disso. Não imites ninguém. Sê tu próprio. Mostra tua raridade ao mundo e eles te acumularão de ouro. Esta, portanto, é a segunda lei.
Proclama tua raridade.
E, agora, recebeste duas leis.
Conta tuas bênçãos! Proclama tua raridade!
Não tens deficiências. Não és medíocre.
Tu assentes, obrigas-te a sorrir, reconheces como te enganaste a ti mesmo.
Que me dizes de tua própria queixa? A oportunidade nunca te procura? Escuta, e ela passará a te procurar, pois agora eu te dou a lei do êxito em todos os empreendimentos. Há muitos séculos, esta lei foi dada a teus antepassados, do cimo de uma montanha. Alguns ouviram a lei, e, vê, sua via preencheu-se com os frutos da felicidade, realização, ouro e paz de espírito. A maioria não deu ouvidos, pois procurava meios mágicos, caminhos dévios, ou esperou pelo demônio chamado sorte para que lhe entregasse as riquezas da vida. Esperou em vão... Assim como tu esperaste, e depois chorou, como tu choraste, atribuindo sua falta de sorte à minha vontade.
A lei é simples. Jovem ou velho, indigente ou rei, branco ou negro, homem ou mulher... todos podem utilizar o segredo com vantagem, pois, de todas as regras e discursos e escrituras de êxito e como alcançá-lo, apenas um método jamais falhou... quem quer que te obrigue a acompanhá-lo por uma milha... acompanha-o por duas.
Esta, portanto, a terceira lei... o segredo que produzirá riquezas e aclamações além de teus sonhos... Anda mais uma milha!
O único meio certo de êxito é prestar mais e melhor serviço do que esperam de ti, não importa qual será tua tarefa. Este é um hábito seguido por todas as pessoas vitoriosas, desde o início dos tempos. Assim sendo, eu te mostro o caminho mais certo para te condenares à mediocridade, qual seja o de executares apenas o trabalho pelo qual és pago.
Não creias que estás sendo tapeado, se entregares mais do que a prata que recebes. Pois existe um pêndulo para toda a vida, e o suor que entregas, se não for recompensado hoje, voltará amanhã, decuplicado. O medíocre nunca anda mais uma milha, pois deixa de ver o motivo pelo qual deva tapear a si próprio, ao que acredita. Mas tu não és medíocre. Andar mais uma milha é privilégio do qual deves te apropriar por tua própria iniciativa. Não podes, não deves evitá-lo.
É negligenciar, fazer apenas tão pouco quanto os outros, e a responsabilidade por teu fracasso será apenas tua.
Não podes mais prestar serviços sem receber compensação justa do que podes impedir a prestação deles sem sofrer a perda da recompensa. Causa e efeito, meios e fins, sementes e fruta não podem ser separados. O efeito já floresce na causa, o fim preexiste no meio, e a fruta está sempre na semente.
Anda mais uma milha.
Não te preocupes, caso venhas a servir a um senhor ingrato. Serve-o mais.
E em vez dele, que seja eu quem se encontra em tua dívida, pois então saberás que cada minuto, cada gesto de serviço a mais será pago. E não te preocupes, caso tua recompensa não venha logo. Quanto mais tempo retarde o pagamento, melhor para ti... e juros compostos sobre juros compostos são o maior benefício dessa lei.
Não podes ordenar o êxito, apenas o podes merecer... e agora conheces o grande segredo necessário para merecer sua recompensa rara.
Anda mais uma milha!
Onde está esse campo do qual tu gritaste, choraste, dizendo que não havia oportunidade? Olha! Olha ao redor.
Vê onde ainda ontem espojavas nos detritos da autocomiseração, agora caminhas bem ereto, sobre um tapete de ouro.
Nada mudou, apenas tu, mas tu és tudo.
Tu és meu maior milagre.
Tu és o maior milagre do mundo.
E, agora, as leis da felicidade e êxito são três.
Conta tuas bênçãos! Proclama tua raridade! Anda mais uma milha!
Sê paciente com teu progresso. Contar tuas bênçãos com gratidão, proclamar tua raridade com orgulho, percorrer mais uma milha e depois outra, tais atos não são realizados ao piscar de um olho. No entanto, aquilo que adquires com mais dificuldade é que reténs por mais tempo; como aqueles que adquiriram uma fortuna são mais cuidadosos com ela do que aqueles aos quais ela chegou por herança.
E não te receies, ao ingressares em tua vida nova. Cada aquisição nobre é acompanhada por seus riscos. Aquele que receia encontrar-se com uma não deve contar obter a outra. Agora sabes que és um milagre. E não existe medo em um milagre.
Orgulha-te. Não és o capricho momentâneo de um criador descuidado, fazendo experiências no laboratório da vida.
Não és o escravo de forças que não podes compeender. Não és a manifestação livre de nenhuma outra força senão a minha, de nenhum outro amor senão o meu. Foste feito com um intuito.
Sente minha mão. Ouve minhas palavras.
Precisas de mim... e eu preciso de ti.
Temos um mundo a reconstruir... e se tal requer um milagre, o que é isso para nós? Ambos somos milagres, e agora temos um ao outro.
Nunca perdi a fé em ti, desde aquele dia em que primeiro te fiz de uma onda gigantesca e te atirei, indefeso, sobre as areias. Em tua medida de tempo, tal ocorreu há mais de quinhentos milhões de anos. Muitos foram os modelos, muitas as formas, muitas as dimensões, até que eu atingisse a perfeição em ti, mais de trinta mil anos atrás. Não fiz  qualquer outro esforço para aperfeiçoar-te em todos esses anos.
Pois como se poderia aperfeiçoar um milagre? Tu eras uma maravilha a contemplar, e eu me satisfiz. Dei-te este mundo e o domínio sobre ele. Depois, a fim de te capacitar a alcançares teu pleno potencial, coloquei minha mão em ti, mais uma vez, e dotei-te de poderes desconhecidos a qualquer outra criatura no universo, até o dia de hoje.

Deite o poder de pensar.
Dei-te o poder de amar.
Dei-te o poder de querer.
Dei-te o poder de rir.
Dei-te o poder de imaginar.
Dei-te o poder de criar.
Dei-te o poder de planejar.
Dei-te o poder de falar.
Dei-te o poder de orar.
Meu orgulho  em ti não conheceu limites. Eras minha criação suprema, meu milagre maior. Um ser vivo completo, criatura que pode ajustar-se a qualquer clima, a qualquer vicissitude, a qualquer desafio. Criatura que pode cuidar de seu próprio destino sem qualquer interferência minha. Criatura que pode traduzir uma sensação ou percepção, não por instinto, mas por pensamento e deliberação, levando-a a qualquer ato que fosse melhor para ela e toda a humanidade.
Assim chegamos à quarta lei de êxito e felicidade... pois eu te dei um poder tão grande que nem mesmo meus anjos o, possuíam.
Eu te dei... o poder de escolher.
Com este dom, coloquei-te acima até mesmo de meus anjos... pois os anjos não têm a liberdade de escolher o pecado. Dei-te o controle completo sobre teu destino. Eu te disse para determinares, por ti próprio, tua própria natureza de acordo com tua própria natureza de acordo com tua própria vontade livre. Nem divino, nem terreno em natureza, estavas livre para modelar-te na forma que preferisses. Tinhas o poder de escolher a degeneração para as formas mais baixas da vida, mas também tinhas o poder, pelo juízo de tua alma, de renascer nas formas mais elevadas, que são divinas.
Nunca retirei o teu grande poder, o poder de escolher.
O que fizeste com essa força tremenda? Olha para ti mesmo. Pensa nas escolhas que fizeste em tua vida e lembra, agora, aqueles momentos amargos em que cairias de joelhos se, ao menos, tivesses a oportunidade de voltar a escolher.
O que passou, passou... e agora, tu conheces a quarta grande lei da felicidade e êxito... Usa com sabedoria o teu poder de escolha.

Escolhe amar... em vez de odiar.
Escolhe rir... em vez de chorar.
Escolhe criar... em vez de destruir.
Escolhe perseverar... em vez de desistir.
Escolhe louvar... em vez de difamar.
Escolhe curar... em vez de ferir.
Escolhe dar... em vez de roubar.
Escolhe agir... em vez de lamentar.
Escolhe crescer... em vez de apodrecer.
Escolhe orar... em vez de amaldiçoar.
Escolhe viver... em vez de morrer.
Agora sabes que teus infortúnios não foram de minha vontade, pois todo o poder estava depositado em ti, e o acúmulo de feitos e pensamentos que te colocaram no refugo da humanidade foram tua obra, não minha. Meus dons de poder foram grandes demais para tua natureza pequena. Agora tu te tornaste alto, sábio, e os frutos da terra serão teus.
És mais do que um ser humano, és um devir humano.
És capaz de grandes maravilhas. Teu potencial, ilimitado. Quem mais, entre minhas criaturas, conquistou o fogo? Quem mais, entre minhas criaturas, conquistou a gravidade, perfurou os céus, dominou a doença e a pestilência e a seca?
Nunca mais voltes a te diminuir!
Nunca mais te conformes com as migalhas da vida!
Nunca mais escondas teus talentos, a partir deste dia!
Lembra-te da criança que diz: “ Quando eu for um menino grande...” Mas, o que é isso? Pois o menino grande diz: “ Quando eu crescer...” E, quando crescido, ele diz: “ Quando eu me casar...” Mas estar casado, o que é isso, afinal? O pensamento transforma-se então para: “Quando eu me aposentar...” E, então, chega a aposentadoria, e ele lança o olhar sobre a paisagem que atravessou; o vento frio sopra sobre ela e, de algum modo, ele perdeu tudo aquilo, e o que queria desapareceu.
Desfruta este dia, hoje... e amanhã, amanhã.
Executaste o maior milagre do mundo.
Voltaste de uma morte viva.
Não mais sentirás autocomiseração, e cada novo dia será um desafio e uma alegria.
Tu renasceste. Mas, exatamente como antes, podes escolher o fracasso e o desalento, ou o êxito e a felicidade. A escolha é tua. A escolha é exclusivamente tua. Eu só posso observar como antes... como satisfação... ou pesar.
Lembra-te, então, das quatro leis da felicidade e êxito.
Conta tuas bênçãos.
Proclama tua raridade.
Anda mais uma milha.
Usa sabiamente o teu poder de escolha.
E mais uma, para completar as quatro outras. Faze todas as coisas com amor... amor por ti próprio, amor por todos os outros , amor por mim.
Enxuga tuas lágrimas. Estende a mão, apanha a minha, põe-te ereto.
Deixa-me retirar as mortalhas sepulcrais que te envolviam.
Neste dia, foste notificado.
TU ÉS O MAIOR MILAGRE DO MUNDO!


FONTE: LIVRO O MAIOR MILAGRE DO MUNDO
OG MANDINO
EDITORA:  RECORD

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