Aprendendo a renunciar


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Aprendendo a renunciar

E como dizem: “Nem sempre é o momento certo” e eis que te pergunto: “Quantas vezes queremos tanto algo e a vida insiste em dizer ‘não’?”

Vamos fazer uma viagem e analisar nossa infância, lembre-se de seus presentes dados por seus pais ou pessoas que lhe amavam. Lembro-me que em toda minha vida meus pais me deram muitos presentes e algumas vezes eles diziam: “Isso eu não posso lhe dar, pois você ainda não tem idade”. Quando eu era criança, um dos presentes mais significativos na minha vida foi uma maquina de escrever rosa da Barbie. Esse foi um dia especial demais em minha vida.

Ganhar a maquina de escrever foi mais especial do que ganhar o meu primeiro computador e ser inserida ao universo da tecnologia. Meu pai tinha uma maquina de escrever, ele usava não me lembro para que era, mas certamente era para algo relacionado ao trabalho. E eu já era apaixonada por livros e por escrever. Eu pedi uma maquina de escrever e meus pais ate que demoraram em me presentear e quando foi no Natal, depois que eu implorei o ano inteiro pela tal maquina de escrever, finalmente eu a ganhei. Logicamente nessa época eu ainda acreditava em papai Noel, apesar que eu era bem mais feliz acreditando que o papai Noel existe. Quando descobri que o papai Noel era meus pais, percebi que ganhar presentes nem sempre é tão mágico. Porque  quando você acredita em papai Noel você vive no encantamento de “eu tenho que me comportar”, depois você descobre que presentes natalinos não é  porque seus pais te amam mas é praticamente algo imposto pela sociedade, é como se fosse um hábito que seus pais herdaram. E lá se vai encantamento para a cesta de lixo.

Voltando a máquina de escrever.... Então foi mágico, foi lindo, foi encantado pois nessa época eu já sabia que minha vida teria que está relacionada a escrita. Mas nessa época que a gente é pequeno e exige tantos cuidados dos nossos pais, é quando a gente mais escuta:  “Você não tem idade para isso” ou “Você não pode fazer isso”. E quando a gente cresce, quando a vida resolve dizer essas mesmas frases para a gente, o que fazemos? Muitos se debruçam em lagrimas. É isso que não entendo, porque quando eu me lembro da minha infância, minha mãe dizia ‘não’ e eu mesmo assim nem me importava e quando minha mãe resolvia me castigar, aí sim, a gente corre em busca do tempo perdido. Os pais da gente coloca de castigo e nem por isso a gente se desespera, mas então quando crescemos e a vida resolve nos colocar de castigo a gente faz um verdadeiro dramalhão... Já fomos mais corajosos um dia!

A vida é assim mesmo, tem dias que o dia é muito frio, em outros penso que vou morrer desidratada de tanto calor, em outros dias a vida mima a gente e em outras a gente pensa que vai morrer desidratado de tanto chorar. Vamos se acostumar com essas bipolaridades e aprender que na vida tem o tempo de esperar e o de saber renunciar, porque quando renunciamos algo é simplesmente porque estamos aprendendo a esperar.

Ao renunciar entendemos que há tempo certo para amadurecer e quando estivermos ‘maduros’ finalmente a vida e Deus nos presenteia com o que tanto sonhamos.

Quando somos é crianças o tempo demora a passar e mesmo assim esperamos. E por que depois de adulto, o tempo passa mais rápido e mesmo assim muitos tem medo de esperar? Vamos ser mais criança, e termos a paciência e coragem desses pequenos heróis.

Jéssica Cavalcante

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