VENÇA A SOLIDÃO



VENÇA A SOLIDÃO

Qual a cura para a solidão? Companhia? Nem sempre. Não é toda solidão que resulta de falta de companhia. Mas a solidão é um grande problema, que vem atrapalhando a vida de muita gente. Mais importante do que procurar a cura para o isolamento, é aprender a viver com ele, e tirar partido das vantagens que nos oferece.

525053_241624185939387_181509011950905_345744_1172771427_n_largeDa próxima vez que você se sentir sozinho, lembre-se de três coisas: primeiro, imagine o grande número de pessoas que vive constantemente na companhia alheia, por exigências de profissão, encargos ou outras funções, que trocaria alegremente essa contínua sociabilidade por algumas horas da sua solidão. Pense, portanto, no privilégio que você tem, e que é negado a muitos, de poder ficar sozinho. Segundo, lembre-se de que todas as grandes realizações humanas nascem na solidão. Os melhores livros, as mais belas composições musicais, os mais ricos poemas, tivera, origem na mente de um homem sozinho, e foram executados na solidão. Mesmo o que parece, deliberadamente, um produto de conjunto, teve início na mente de um ou de alguns indivíduos, que pensaram sozinhos. Portanto, não despreze a sua solidão. Ela pode ser a sua maior oportunidade. Aproveite os seus momentos a sós para cultivar o que existe de melhor em você. Faça um plano inteligente para as suas horas, procurando desenvolver as suas habilidades.

Leia, escreva, estude, toque, cante,desenhe. Enfim, use o tempo para se beneficiar a si próprio.

É na solidão que você tem oportunidade de conhecer melhor o seu Deus – de ler a Bíblia, de orar e de compreender que existe, de fato, uma companhia que não vai nos deixar nunca. Você verá que a solidão pode ser um privilégio em vez de uma carga. Terceiro, tire da cabeça a ideia de que companhia é sempre alegria. Você já deve ter experimentado muitas vezes o fardo de certas associações. Lembre-se por alguns instantes das conversas intermináveis, das lamúrias, das descargas de pessimismo e da futilidade cansativa, que você tantas vezes suportou da gente que mal conhecia. Lembre-se das famílias que você conhece, onde a discórdia e o desentendimento não podem ser disfarçados nem mesmo na presença de estranhos, e agradeça a Deus pela sua solidão.
Com esses Três pontos em mente, enxergue as coisas com realismo. Passe a respeitar a sua solidão pelo que ela realmente vale.

Nesta altura, você já pode estar convencido das vantagens da solidão, mas continua desconsolado, dizendo a si mesmo que tudo isso deve estar certo, mas na realidade uma companhia sempre é melhor do que o isolamento.

Então, encaremos a questão da companhia. Na hora da solidão, e em especial da solidão frequente, a tendência é mesmo procurar associações. Qualquer companhia serve, ainda que não seja a que se espera.

O resultado é sempre o mesmo. As más amizades não compensam. Em primeiro lugar, não servem de companhia quando se espera contar com elas. Depois, nunca fogem à regra de que “ as más companhias pervertem os bons costumes.” Você só tem a perder, associando-se com tais pessoas. Não se deixe vencer pela solidão. Escolha as suas relações.

Essa sugestão parece um tanto descabida, pois se a criatura está isolada é porque não tem companhia, e se não tem companhia, vai escolher o quê?
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Aqui, você pode estar enganado. Você tem muito o que escolher. Se acha que não, sente-se, tome uma folha de papel, um lápis, e faça uma lista: primeiro os parentes, depois os vizinhos, depois os companheiros de trabalho. A seguir, lembre-se dos colegas, que já ficaram para trás, dos amigos de infância e de todos os esquecidos de se puder lembrar. Se você está numa cidade estranha, onde conhece muito pouca gente, faça uma lista não só dos que conheceu, como dos que desejava conhecer. Numere os nomes por ordem de sua preferência, escolhendo somente boas companhias, e tome a deliberação de fazer alguma coisa para reatar ou estimular sua amizade pelo primeiro da lista.

Não exagere, mas se lhe der vontade, lembre-se de alguma coisa que você possui, que poderá agradar ao seu amigo ou amiga: um livro de assunto de interesse, um artigo, um objeto, um doce, uma peça de louça, enfim, qualquer coisa. Procure a pessoa, levando consigo aquilo que você acha que poderá agradá-la. Não é preciso fazer presente do objeto. Basta usá-lo para estabelecer um ponto de contacto. Se você o encontrar ocupado, seja breve, deixe a conversa para outro dia,  e se possível, marque desde já uma hora conveniente para a sua visita, que não precisa ser só para conversar. Talvez você possa voltar para prestar algum serviço, ou ajudar a outra pessoa em alguma coisa.

Você pode correr toda a sua lista dessa maneira e em breve você começará a ter saudades de suas horas a sós.

Aprenda a apreciar a solidão. Escolha suas companhias.
Sozinho ou acompanhado, viva vencendo.



FONTE: LIVRO VIVA VENCENDO
MARIA AMÉLIA RIZZO
CRUZADA MUNDIAL DE LITERATURA


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