"Palô é um livro que dar pena em terminar de ler, pois é um livro que trás sobre família, sobre o amor puro, o amor bondoso sem medo, ciúmes e apegos mas um amor livre e saudável qual nunca pensei em ver algo tão puro em minha vida."
Jéssica Cavalcante
Resenha do livro Palô
O que muito me chamou
atenção no livro Palô, foi que justo a primeira vista tem escrito: “A inocência
do amor verdadeiro”. E como bem sabemos que o amor inspira, é lindo e
maravilhoso... E impossível não sentir curiosidade a respeito de um livro que
tem como “plano de fundo” o amor puro e verdadeiro.
O me chama atenção nos
livros espíritas e que eles são provas que mesmo estando em um mundo
extremamente conturbado onde as pessoas têm interesses variados. Contos de
fadas podem tornar-se realidade, por meio da bondade das pessoas - sonhos que
estão contidos num belo conto de fadas tornam-se realidade.
Palô trás como tema
principal o amor de infância, ele e sua coleguinha Arlete crescem sendo amigos
e sentindo um pelo outro um amor puro e belo. Palô nasceu com um breve retardo
mental e quando falo isso, é porque ele possui QI inferior ao que a ciência
considera por “pessoa normal”. Por ser estudante de psicopedagogia (campo do
conhecimento que estuda as mais diversas dificuldades de aprendizagem), eu
sempre soube que as pessoas com dificuldades de aprendizagem elas são especiais
não por terem suas limitações, mas por terem uma sabedoria diferenciada em
relação a vida... Elas acabam sendo mais sensíveis e preciosas. Palô por ter
dificuldades de aprendizagem e por ser de uma época onde não se tinha tanto
acesso educacional, ele não concluiu seus estudos.
A cena do livro que mais me deixou revoltada,
que mexeu profundamente comigo, foi uma mistura de tristeza e indignação, pois
a meu ver é muito injusto a atitude tomada por esses devidos profissionais de
tal época. A mãe de Palô é chamada para conversar com a professora, então ela
vai achando que é para falar das limitações de Palô, quando chega na escola, ao
conversar com a diretora, simplesmente a diretora diz que Palô “não se encaixa na
escola”, isso é extremamente revoltante pois quem gosta de ensinar irá dar um
jeito para promover o conhecimento. De fato ocorre uma demora para aprender,
mas também não é o fim do mundo, ou seja essa cena foi ao menos para mim bem
impactante, pois foi de uma falta de humanização ímpar. No livro a diretora
explica o porquê de tal decisão, mas tenho certeza que é uma cena que vai
causar no leitor uma mistura de indignação e piedade por Palô...
Palô, quando criança ele é
de um encantamento, ele possui dons mediúnicos portanto ele consegue manter um
diálogo com espíritos desencarnados. O livro é composto por muito humor, pois
algumas cenas são bem engraçadas, pois é humor que mostra a inocência da
criança, pois sabemos que criança é sincera, isso dá um toque de comédia ao
livro.
O que eu gostei no livro é
que ele é extremamente realista, ele não é um livro que foge da realidade, mas
são acontecimentos que a gente ver sempre. O que não vemos constantemente são
pessoas bondosas que se sentem feliz só em ver o outro feliz... Porém, como diz
minha mãe: “Ainda tem muita pessoa bondosa nesse mundo!”.
Da metade para o final do livro, Palô,
enfatiza muito, ele sempre diz: “Se Arlete estiver feliz eu também estarei feliz”,
ou seja Palô não é um tipo comum que se encontra em cada esquina da vida, pois
ele é extremamente bondoso. O mais lindo de tudo é que ele ama Arlete com muita
esperança e sem ciúmes... Ou seja, um milagre, pois atire a primeira pedra quem
nunca sentiu uma pitadinha se quer de ciúme?
Eu tenho amiga que ela é apaixonada por filmes e
livros de drama, e a gente ao comentar e criticar o filmes de drama sempre
batemos na mesma tecla que filme de drama é a mais pura realidade... É a vida
como ela é. Palô tem um pouco de drama, pois no final do livro acontece algo
com Arlete que muda o destino de Palô e Arlete, é algo bom para Arlete pois é
uma fase da vida que todos nós passamos (ao menos boa parte das pessoas), e
Palô sentiu muitas saudades de Arlete - mesmo diante dessa situação ele soube
ser controlado e amável, coisa que se fosse a maioria de nós certamente iríamos
sofrer, pois é muito triste sentir saudades, mas ate o sentimento de saudades
em Palô é de maneira equilibrada.
O que eu gostei foi que o livro
também fala um pouco do contexto jovem, pois Arlete passa por vestibulares e
faculdade, eu gostei muito desse cenário, pois recentemente passei pela mesma
fase que ela.
Outro fato que me chamou
muita atenção no livro Palô foi que os personagens em si são de uma maneira bem
realista, pois são pessoas meramente comuns. Ou seja os personagens estão
inserindo em um contexto bem atual e realista, quando eu li a descrição da
família de Arlete eu automaticamente fiz um comparativo com a minha família,
pois acabamos tendo pontos em comum, além de que o livro explorou cenários que
eu acho incrível, pela sua veracidade. Como o diálogo na mesa de jantar, na
cozinha enquanto se prepara a refeição e etc.
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