Dicas para entender melhor o Tarot



Dicas para entender melhor o Tarot

Quando eu voltei a colocar Tarot, a primeira coisa que eu fiz foi retornar a estudar as cartas. Então, como eu nunca tive dificuldade com os arcanos maiores (cartas como Imperador, O carro e etc), eu tive que estudar mesmo as cartas que representam os arcanos menores (paus, copas, espadas e ouros) que por sinal são muitas cartas. Então um livro que me ajudou muito, por ter fácil explicação e ser extremamente objetivo foi o livro intitulado “Cartomancia, em busca de uma ciência advinhatoria”, que tem resenha aqui no blog J

Então esse livro é super objetivo, porque ele dá o significado bem especifico de cada carta. Como o Tarot é praticamente uma filosofia, porque se você for estudar cada carta, a imagem que ela está representada, você poderá chegar a uma tese de doutorado, afinal imagem é um signo e imagem também está relacionando com a subjetividade humana. Então poderia estudar lindamente o Tarot dentro da psicanalise e entender melhor o que cada carta trás como elementos de nossa subjetividade, pois as cartas mexem e muito conosco. E elas representam até os momentos de conflitos que estamos passando.

E uma coisa que esse livro me ajudou muito foi a entender o significado especifico das cartas Rainha, Rei, Cavaleiro e Valete (paus, copas, espadas e ouros) pois o significado delas mudam conforme a jogada, a exemplo de Valete de espadas, que pode significar: processo judicial, assalto, amigo protetor e ate inimigo (como pode representar uma pessoa que está para entrar ou que já faz parte na vida do consulente). Então se ela cai invertida e as cartas que a acompanham irá determinar se essa carta significa algo bom ou ruim para o consulente (pessoa que pede uma consulta as cartas do Tarot). Diante disso se faz necessário estuda-las e sentir o que elas significam, olhar bem cada carta e obviamente, consultar, porque vamos conhecendo melhor cada carta por meio das consultas.


Esse livro também contribuiu muito para o meu amadurecimento como taróloga, pois ele nos relembra das responsabilidades que devemos ter, a exemplo de sermos ético. E ele realmente nos ensina como ter ética em nossa atuação. E isso é muito importante porque muitos livros só nos ensinam a interpretar as cartas, mas poucos falam em respeitar as pessoas que nos procuram, valorizar o que essas pessoas sentem e compreendê-las. E ele eleva o Tarot para a ciência, porque para muitas pessoas ainda veem o Tarot como prática de pecado (já escutei muita gente dizer que coloco a minha fé em aprovação por fazer leituras acerca do futuro). É necessário compreender o Tarot como uma prática também terapêutica e de aconselhamento. Diante disso é preciso estudar mesmo o que é o Tarot para tiramos o melhor proveito dele, para tanto deixo aqui uma dica de leitura e também um instrumento para auxiliar nos estudos.


Informações do Livro
Editora: Madras
Autor: José Amud
Páginas: 168
Preço: R$ 27,90

Maiores Informações:  Site da Madras

Aceite suas imperfeições




Aceite suas imperfeições

Tem um filme que eu amo, um filme nacional e que eu aprendi muitas coisas. Esse filme se chama Nome Próprio, é a história de uma jovem que se chama Camila e ela era muito na vida, faz escolhas erradas, mas ela escreve bem. Talvez, ela escreva verdadeiramente bem porque ela aprendeu de verdade, aprendeu vivendo.

E um dia eu estava no Facebook, um amigo e professor da universidade qual estudo fez uma postagem sobre esse filme e sobre as delícias de se errar e aprender com a vida. Fiquei bem feliz pois não conhecia ninguém que tinha gostado desse filme. Esse filme foi um desastre de bilheteria, não tem lá um grande enredo, quem interpreta Camila é a atriz Leandra Leal, ela não está linda, nem exuberante, nem na moda e nem nada do tipo, mas ela está normal. Sim, simples, bem normal, tipo pessoas que a gente se esbarra quando está no supermercado, ou no ônibus, ou na fila do cinema enfim, bem do nosso dia-a-dia. Eu amo quando os filmes se aproximam de nosso dia-a-dia, com cenas que a gente vivencia rotineiramente. Quem nunca pensou na vida enquanto sai do trajeto casa – trabalho? Ou quem nunca ficou na praia pensando e se perguntando “o que eu tenho feito de minha vida”? No filme, a personagem Camila é bem simples, ela erra e erra feio, mas ele vive, ela sente e só o fato de viver é um dos melhores acertos.

A gente fica se culpando por nossas escolhas, por nossos sentimentos, desejos ou ate mesmo pensamento. Falamos que a sociedade nos julga ou que nos padroniza, mas quem nos julga de verdade somos nós mesmo. Aprendi que a maior liberdade, é simplesmente, se permitir a viver, aceitando os erros, convivendo com os medos e se por acaso cometermos acertos. Ótimo, o universo que conspirou a favor. E eu acho engraçado, é que nós não temos coragem de assumir quem somos de verdade, então tentamos controlar os outros pois quem sabe assim, a gente se controla também.

Em 2014 eu errei muito, confiei em gente que eu não deveria confiar, cometi excessos, também acertei bastante, tive boas conquistas mas eu me permiti ser apenas humana. Curtir esses momentos de reflexão que a vida nos possibilita, os encontros ao acaso, as coincidências e aprendi que o Universo super ajuda na nossa felicidade pessoal. O universo dá um jeito de trazer as pessoas queridas para as nossas vidas e depois de afastar algumas também, porque tudo tem um fim. E quando alguém vai embora, é porque um novo ciclo se inicia em nossas vidas. As vezes é preciso errar, se aceitar como frágil para deixar que o Universo comande de verdade, para que assim a gente possa renascer sempre.

Eu te desejo em 2015 muitos ciclos novos, muitas coincidências, encontros ao acaso, muitas risadas, lágrimas de despedidas e principalmente aquela sensação de um novo começo a cada etapa de transformação de nossas vidas.

Jéssica Cavalcante


Leitura de Tarot- Estudo e Intuição



Leitura de Tarot- Estudo e Intuição


Nasci em meio de pais holísticos, então desde cedo tive contato com oráculos, vários livros sobre magia, reuniões sobre misticismo e etc. Então, pra mim foi muito fácil me identificar com a espiritualidade e o esoterismo. A primeira vez que joguei Tarot em minha vida, eu deveria ter uns 11 ou 12 anos de idade, pegava o Tarot de minha mãe, lia os livros que acompanhavam as cartas, observava minha mãe e seus amigos jogarem o Tarot e simplesmente fazia igual. Até que fazia direitinho, pois relatava a minha mãe  e ela ia orientando, porque minha mãe sempre diz que querendo ou não estamos lidando com pessoas, com sentimentos, sonhos e expectativas. É muito sério jogar as cartas de Tarot porque por meio deste oráculo se expõe toda a vida de uma pessoa, com seus medos, fraquezas, sonhos... Enfim tudo. E minha mãe orientava para questões éticas, a exemplo do sigilo, ser fiel a interpretação das cartas, seguir o coração, que cada pessoa a ser consultada (consulente) meu coração irá perceber a necessidade desse sujeito e assim escolher a melhor tiragem de cartas, ou como eu gosto de chamar “metodologia do jogo”.

Com as correrias do estudo, época de colégio, preparo para o vestibular, eu acabei dando uma pausa na leitura do Tarot e só depois de entrar na universidade, é que eu retornei a colocar as cartas. Fiquei 10 anos sem jogar, um dia conversando com uns amigos, eu contei que sabia colocar cartas, que fazia 10 anos que não jogava, meus amigos incentivaram para que eu voltasse. Como fazia tanto tempo, nem tarot eu tinha mais, pois quando eu parei de jogar o Tarot minha mãe doou todos os oráculos que tínhamos em casa. Então, comprei um novo, segui a intuição, estudei um pouco também e fiz algumas consultas espirituais para saber se eu estava agindo certo (se seria bom ou não para mim).

Na consulta espiritual, eu confirmei o que já suspeitava, que eu tenho como acompanhamento uma cigana, que me induz a jogar o Tarot e também me intui nas consultas. Além de que, eu não deveria cobrar pelas consultas e atenderia as pessoas certas. Quando as pessoas descobrem que você coloca Tarot e de graça, você meio que sofre uma perseguição, primeiro que as pessoas meio que lhe acediam por consultas e segundo que existem tarólogos profissionais que ganham dinheiro com as consultas e por serem profissionais, com cursos e muito estudo, acham que o fato de não cobrar é um desrespeito. Eu sempre deixo claro que nunca fiz curso para colocar Tarot, nunca gastei nenhum centavo com cursos e que por ser mais espiritual do que algo que eu tenha que desprender inteligência, não acho legal eu cobrar de praticamente uma mediunidade. Sem falar que já tenho minha profissão, estou me formando para trabalhar como Psicopedagoga e não para fazer do Tarot meu futuro profissional, meus sonhos são outros e minhas metas também. Respeito muito quem é tarólogo profissional, mas não é o que eu escolhi para minha vida, ate porque minha vocação profissional é outra. E convenhamos, cada um é bom naquilo que faz e se dedica.

Fazer leitura de Tarot para as pessoas é uma forma que encontrei de auxiliar, de dar um apoio também espiritual, pois o Tarot ele também nos possibilita a dar um aconselhamento, tanto é que durante as consultas não utilizo do que eu aprendi na universidade para trabalhar com questões de saúde mental. Eu me dispo de todo academicismo que estou imersa, é como se fosse uma outra pessoa.

As cartas tem muitos significados, estou sempre estudando os significados das cartas e ampliando minha intuição porque os significados delas mudam conforme as tiragens ou as cartas que as acompanham. É preciso entender o contexto que essa carta significa. E mesmo para o que colocam cartas como eu, com total apoio espiritual, é necessário se dedicar a ler sobre. ate porque “pensamento atrai”. Quanto mais você se envolver com algo mais o universo irá conspirar para que as coisas deem certo, a própria espiritualidade lhe prepara para lidar com esse momento.

Quando eu voltei a colocar cartas, eu não contei a minha mãe, por receio dela falar que eu não deveria por conta da minha futura profissão, foi quando nós conversamos sobre o que eu quero para o meu futuro. Ela disse que se eu quisesse ser taróloga profissional, ela iria me orientar para isso, iria me dar total apoio, mas eu disse que não, que eu tinha outros planos dentro do que eu estudo na universidade e da profissão que eu escolhi no dia que eu prestei vestibular. E como uma boa mãe coruja ela disse “você pode se destacar nos dois” e eu respondi: “quero ser a melhor em apenas um desses”. O Tarot me deu mais confiança na espiritualidade, porque foi quando eu aprendi de verdade que sim a espiritualidade nos protege e ela nos prepara para assumirmos a nossa missão. Ela me coloca na vida das pessoas certas e que realmente precisam de ajuda. E as pessoas são tão carentes de afeto e de palavras de consolo, que sempre querem pagar por uma ajuda e eu respondo: “o pagamento é justamente esse, eu lhe ajudo e você me ensina”, porque eu me sinto melhor após colocar Tarot ou quando eu saio de algum atendimento no hospital.


A todos os tarólogos, os que recebem ajudas de guias espirituais, ou os que dedicaram toda uma vida para ajudar as pessoas, que quando colocamos cartas para alguém temos a oportunidade de aprender com essas histórias de vida. E devemos ter muito cuidado, pois assim como os médicos lidam com vidas durante todos os dias, nós também lidamos não só com vidas, mas com esperanças que as vidas carregam, ou seja é uma dupla responsabilidade. Que trabalhemos com amor, que não importa se é uma atuação remunerada ou não, mas que seja feita com amor e humanismo. Pois quando mais jovem, eu tive uma experiência muito ruim com uma cartomante e taróloga, paguei uma consulta num valor exorbitante e ainda fui extremamente destratada. Hoje vejo que esse foi um dos fatores por eu ter dado uma pausa nas leituras do Tarot. E assim como as pessoas escolhem ser médicos, engenheiros, professores... Por que não serem tarólogos também? Então, a forma que atendemos com amor irá incentivar que mais jovens venham se interessar pelo Tarot não só como método advinhatório, mas como ciência e espiritualidade. 


Jéssica Cavalcante
 
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