Leitura de Tarot- Estudo e Intuição



Leitura de Tarot- Estudo e Intuição


Nasci em meio de pais holísticos, então desde cedo tive contato com oráculos, vários livros sobre magia, reuniões sobre misticismo e etc. Então, pra mim foi muito fácil me identificar com a espiritualidade e o esoterismo. A primeira vez que joguei Tarot em minha vida, eu deveria ter uns 11 ou 12 anos de idade, pegava o Tarot de minha mãe, lia os livros que acompanhavam as cartas, observava minha mãe e seus amigos jogarem o Tarot e simplesmente fazia igual. Até que fazia direitinho, pois relatava a minha mãe  e ela ia orientando, porque minha mãe sempre diz que querendo ou não estamos lidando com pessoas, com sentimentos, sonhos e expectativas. É muito sério jogar as cartas de Tarot porque por meio deste oráculo se expõe toda a vida de uma pessoa, com seus medos, fraquezas, sonhos... Enfim tudo. E minha mãe orientava para questões éticas, a exemplo do sigilo, ser fiel a interpretação das cartas, seguir o coração, que cada pessoa a ser consultada (consulente) meu coração irá perceber a necessidade desse sujeito e assim escolher a melhor tiragem de cartas, ou como eu gosto de chamar “metodologia do jogo”.

Com as correrias do estudo, época de colégio, preparo para o vestibular, eu acabei dando uma pausa na leitura do Tarot e só depois de entrar na universidade, é que eu retornei a colocar as cartas. Fiquei 10 anos sem jogar, um dia conversando com uns amigos, eu contei que sabia colocar cartas, que fazia 10 anos que não jogava, meus amigos incentivaram para que eu voltasse. Como fazia tanto tempo, nem tarot eu tinha mais, pois quando eu parei de jogar o Tarot minha mãe doou todos os oráculos que tínhamos em casa. Então, comprei um novo, segui a intuição, estudei um pouco também e fiz algumas consultas espirituais para saber se eu estava agindo certo (se seria bom ou não para mim).

Na consulta espiritual, eu confirmei o que já suspeitava, que eu tenho como acompanhamento uma cigana, que me induz a jogar o Tarot e também me intui nas consultas. Além de que, eu não deveria cobrar pelas consultas e atenderia as pessoas certas. Quando as pessoas descobrem que você coloca Tarot e de graça, você meio que sofre uma perseguição, primeiro que as pessoas meio que lhe acediam por consultas e segundo que existem tarólogos profissionais que ganham dinheiro com as consultas e por serem profissionais, com cursos e muito estudo, acham que o fato de não cobrar é um desrespeito. Eu sempre deixo claro que nunca fiz curso para colocar Tarot, nunca gastei nenhum centavo com cursos e que por ser mais espiritual do que algo que eu tenha que desprender inteligência, não acho legal eu cobrar de praticamente uma mediunidade. Sem falar que já tenho minha profissão, estou me formando para trabalhar como Psicopedagoga e não para fazer do Tarot meu futuro profissional, meus sonhos são outros e minhas metas também. Respeito muito quem é tarólogo profissional, mas não é o que eu escolhi para minha vida, ate porque minha vocação profissional é outra. E convenhamos, cada um é bom naquilo que faz e se dedica.

Fazer leitura de Tarot para as pessoas é uma forma que encontrei de auxiliar, de dar um apoio também espiritual, pois o Tarot ele também nos possibilita a dar um aconselhamento, tanto é que durante as consultas não utilizo do que eu aprendi na universidade para trabalhar com questões de saúde mental. Eu me dispo de todo academicismo que estou imersa, é como se fosse uma outra pessoa.

As cartas tem muitos significados, estou sempre estudando os significados das cartas e ampliando minha intuição porque os significados delas mudam conforme as tiragens ou as cartas que as acompanham. É preciso entender o contexto que essa carta significa. E mesmo para o que colocam cartas como eu, com total apoio espiritual, é necessário se dedicar a ler sobre. ate porque “pensamento atrai”. Quanto mais você se envolver com algo mais o universo irá conspirar para que as coisas deem certo, a própria espiritualidade lhe prepara para lidar com esse momento.

Quando eu voltei a colocar cartas, eu não contei a minha mãe, por receio dela falar que eu não deveria por conta da minha futura profissão, foi quando nós conversamos sobre o que eu quero para o meu futuro. Ela disse que se eu quisesse ser taróloga profissional, ela iria me orientar para isso, iria me dar total apoio, mas eu disse que não, que eu tinha outros planos dentro do que eu estudo na universidade e da profissão que eu escolhi no dia que eu prestei vestibular. E como uma boa mãe coruja ela disse “você pode se destacar nos dois” e eu respondi: “quero ser a melhor em apenas um desses”. O Tarot me deu mais confiança na espiritualidade, porque foi quando eu aprendi de verdade que sim a espiritualidade nos protege e ela nos prepara para assumirmos a nossa missão. Ela me coloca na vida das pessoas certas e que realmente precisam de ajuda. E as pessoas são tão carentes de afeto e de palavras de consolo, que sempre querem pagar por uma ajuda e eu respondo: “o pagamento é justamente esse, eu lhe ajudo e você me ensina”, porque eu me sinto melhor após colocar Tarot ou quando eu saio de algum atendimento no hospital.


A todos os tarólogos, os que recebem ajudas de guias espirituais, ou os que dedicaram toda uma vida para ajudar as pessoas, que quando colocamos cartas para alguém temos a oportunidade de aprender com essas histórias de vida. E devemos ter muito cuidado, pois assim como os médicos lidam com vidas durante todos os dias, nós também lidamos não só com vidas, mas com esperanças que as vidas carregam, ou seja é uma dupla responsabilidade. Que trabalhemos com amor, que não importa se é uma atuação remunerada ou não, mas que seja feita com amor e humanismo. Pois quando mais jovem, eu tive uma experiência muito ruim com uma cartomante e taróloga, paguei uma consulta num valor exorbitante e ainda fui extremamente destratada. Hoje vejo que esse foi um dos fatores por eu ter dado uma pausa nas leituras do Tarot. E assim como as pessoas escolhem ser médicos, engenheiros, professores... Por que não serem tarólogos também? Então, a forma que atendemos com amor irá incentivar que mais jovens venham se interessar pelo Tarot não só como método advinhatório, mas como ciência e espiritualidade. 


Jéssica Cavalcante

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